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Sou doente renal

O meu nome é Fernando, este blog é um pouco da minha experiência pessoal em Dialise Peritoneal e Hemodialise. Facebook Grupo DOENTE RENAL & Paciente Renal. O meu email é Fernandoneto67@sapo.

Sou doente renal

O meu nome é Fernando, este blog é um pouco da minha experiência pessoal em Dialise Peritoneal e Hemodialise. Facebook Grupo DOENTE RENAL & Paciente Renal. O meu email é Fernandoneto67@sapo.

07
Mai10

Reacções Iniciais após diagnóstico

Fernando Neto

Se foi recentemente diagnosticado com deficiência Renal Crónica, é normal sentir-se um pouco chocado com a notícia sobre o que lhe está a acontecer e preocupado com o que futuro da sua vida! Nesta fase inicial pode ainda ter um período de anos, meses ou semanas até que o rim deixe de funcionar o suficiente e que tenha de começar em tratamento de diálise ou possível transplante.

 

Algumas pessoas conseguem passar anos sem notar qualquer problema com o seu corpo, pois infelizmente esta doença costuma ser lenta e desenvolve-se gradualmente, sem nós darmos por isso. Os sintomas vão aparecendo e nós conseguimos arranjar qualquer desculpa para a razão destes mesmos, como o excesso de cansaço que vamos sentindo, o facto de não termos tanta energia, possíveis dores de cabeça, o urinar mais frequentemente e à noite. É quando o doente começa em diálise, que a maioria das pessoas consegue notar o pobre estado físico em que se encontrava antes de começar a fazer o tratamento, pois o tratamento vai ajudar a melhorar o seu estado físico e mental!  

 

Este texto tenta ajudar a compreender as emoções e o stress que está a passar, (que são totalmente normais), como doente, membro da família ou amigo próximo.

 

 

Reacções Iniciais

  

Após sermos diagnosticados com Insuficiência Renal Crónica (IRC) (ou qualquer outra doença crónica), as pessoas tipicamente passam por um certo número de fases, que pode ocorrer uma a seguir da outra ou por ordem diferente ou ainda misturarem-se umas com as outras.   Algumas pessoas ultrapassam estas fases totalmente, outras pensam que já ultrapassaram essa fase para depois voltarem novamente à mesma fase mais tarde.

Isto faz simplesmente parte de um processo para nós entrarmos em harmonia com os acontecimentos que nos estão a ocorrer. Apesar do muito stress causado por este processo, é perfeitamente normal passarmos por estas fases.

 

    1.  Choque - (Shock) primeiro o paciente (ás vezes também os familiares e amigos próximos) entram em estado de choque, sentindo-se como que este assunto não lhes dissesse  respeito (não devem estar a falar de mim, é engano), como se estivessem a observar a vida como um filme e não a fazer parte dela. Este estado de choque pode ter uma duração curta como pode durar por várias semanas.

    

    2.  Dor, Sofrimento Profundo - (Grief)  Este sofrimento ocorre quando a realidade da situação é reconhecida (frequentemente costuma aparecer depois do choque). Nesta fase a pessoa começa a reagir ás noticias que lhes foram dadas, muita das vezes com uma sensação de abandono, falta de energia, a sentir-se perdido/a no meio de tudo, desesperado/a e aflita, incapaz de tomar decisões. Os doentes, familiares e os amigos mais próximos sentem-se completamente dominados pela realidade e torna-se difícil de pensar em algo positivo ou de poder planear alguma coisa.

 

   3.   Rejeição -(Denial)   Uma reacção muito comum quando recebemos notícias sobre uma doença grave, é de rejeitar, negar a existência dessa mesma doença ou as suas implicações. Por um lado é positivo conseguirmos colocar a doença lá para um cantinho da mente e continuarmos com a nossa vida normal, em vez de ficarmos a mastigar mentalmente sobre a doença. Rejeição é mau quando nos faz começar a não ligar a nós próprios, a não tomar cuidado com a nossa vida, como por exemplo: - deixar de tomar os medicamentos, não seguir conselhos de dieta adequada á nossa situação e falhar ás consultas. Esta atitude pode impedir um melhor planeamento para o futuro.

 

   4.  Revolta, Raiva, - (Anger)   É muito normal este sentimento aparecer nos doentes ou nas pessoa mais próximas. Ás vezes temos a sensação de que existe alguém a culpar e fazer com que essa pessoa reconheça que cometeu um erro. Os pacientes muitas vezes direccionam essa raiva contra o médico de família, quem eles pensam que poderia ter prevenido que o rim deixa-se de funcionar, se tivesse feito um diagnostico mais cedo. É uma situação em que não se deve atribuir culpas, por isso torna-se difícil encontrar alguém ou algo para podermos direccionar esta raiva. Uma das coisas que pode ajudar a sair desta fase é conversar com diversas pessoas e exteriorizar os seus medos.

 

   5.  Culpa  (Guilt) - Muitas vezes os familiares, amigos ou mesmo o doente ficam com esta pergunta por responder: - O que é que eu fiz de errado? Ou o que é que eu fiz para merecer isto?   A resposta é simples - NADA.

Ás vezes há um sentimento nos pacientes, que os faz sentir como que desapontaram todos as pessoas mais próximas (esposo, filhos, família, amigos), por terem ficado doentes. Têm receio de se tornarem um fardo e alterar a vida dos que estão em seu redor. Certamente de uma forma ou outra a doença vai afectar essas pessoas mais próximas, mas a pergunta que deve fazer é: - Como é que eu reagiria se a situação fosse invertida?   Eu de boa vontade e afectuosamente iria apoiar o meu esposo e não iria querer que ele se sentisse mal por o que lhe está a acontecer.

 

 

   6.  Aceitação  (Acceptance) - gradualmente as pessoas aproximam-se da realidade e começam a aceitar aos poucos , em passos pequeninos o que lhes está a acontecer, podendo assim começar a adaptar a sua vida e forma de pensar sobre a sua nova situação e circunstâncias. Quanto mais informação tiver sobre a sua doença e como viver com ela, mais fácil será de começar a aceitar a sua  nova situação.

 

MEDO e STRESS derivam em parte de insegurança financeira, particularmente se tem família que depende do seu ordenado.

Deve procurar assistência e informar-se dos seus direitos.

 

Alguns sites onde pode encontrar alguma informação:

 

  http://www1.seg-social.pt/

 

   http://www.apir.pt/

 

 

(este texto é traduzido por mim, com a ajuda de uma amiga na correcção do português.

Espero que o consigam entender e que a mensagem seja compreendida.   O site de onde tirei esta informação foi de um site inglês, mas ainda não consegui descobrir a sua fonte pois estes documentos foram impressos).

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